Aplicar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é mais do que necessário, é uma prática que, há muito, se faz essencial. Lixo despejado de maneira inapropriada, além de contaminar o meio ambiente, contribui para doenças
Promover um descarte adequado aos Resíduos Sólidos Urbanos RSU é mais do que necessário, é uma prática que, há muito, se faz essencial. A questão, porém, embora óbvia, ainda soa alarmante em números. A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) divulgou em 2015 um estudo onde se afirmava que 79,9 milhões de toneladas de RSU, por ano, era recolhido – com cobertura de 90,8% em território nacional – mas que 7,3 milhões de toneladas continuava sem nenhuma coleta e, consequentemente, com destino impróprio. Lixo despejado de maneira inapropriada, além de contaminar o meio ambiente, contribuir para doenças e acaba sendo agente proliferador de uma vasta gama de insetos.
Deixando de lado uma pesquisa de parâmetro nacional para focarmos em uma pesquisa menor (só assim o problema acaba melhor evidenciado), em São Paulo, por exemplo, seguindo um relatório redigido pelo Tribunal de Contas do Estado,
“uma em cada quatro cidades Paulistas ainda insiste em manter lixões a céu aberto”.
Dos 163 municípios Paulistas fiscalizados nesse estudo, só 51,54% deles foram atrás de criar um plano adequado de gestão integrada.
Apesar de a lei existir e estar ali presente em todos os processos, torna-se óbvio o fato que grande parte dos municípios não consegue atender as demandas exigidas por lei. Segundo o presidente da Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente (APECS), Luiz R. G. Pladevall,
“de todos os municípios que levam seus lixos para os aterros sanitários, apenas 11,73% fazem reciclagem, apenas 1,23% promovem alguma reutilização e apenas 2,47% preocupam-se com a compostagem. Isso é um atestado de que muitos municípios ainda não fizeram um plano de gestão integrada de resíduos sólidos.”
Carecemos ainda de conscientização.
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, também conhecido por PGRS, são documentos que comprovam a capacidade que uma empresa tem em gerir e descartar todos os resíduos que ela venha a criar. Esse documento tem uma função importante junto à credibilidade da empresa, visto que o PGRS rende segurança e, assim, evita poluições e desastres ambientais.
Aqui no Brasil, o PGRS tornou-se obrigatório em 2010.