A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) divulgará anualmente um boletim sobre a qualidade das águas subterrâneas no Estado de São Paulo. Além dos relatórios com periodicidade trienal sobre a qualidade das águas subterrâneas, o boletim anual trará análises mais profundas.
O objetivo do novo boletim anual é divulgar para a população os resultados das análises de forma mais rápida. No primeiro documento, os dados foram sintetizados por meio do IPAS e da evolução do Nitrato, parâmetro prioritário na avaliação da qualidade da água subterrânea.
Do monitoramento semestral realizado pela agência ambiental paulista em 2017, abrangendo 313 pontos, registrou-se Qualidade Regular, com um Indicador de Potabilidade das Águas Subterrâneas (IPAS) de 66,5%, praticamente o mesmo do ano de 2016, que foi de 64,7%.
O IPAS é definido a partir do percentual de amostras de água bruta, que fazem parte da rede de monitoramento da CETESB, que se mostram em conformidade com os padrões de potabilidade definidos pelo Ministério da Saúde (Portaria de Consolidação nº 5/GM/MS, de 2 de setembro de 2017). Desta forma, o indicador apresenta de forma genérica a qualidade das águas brutas captadas em poços tubulares e utilizadas principalmente para o abastecimento público.
Os resultados do IPAS verificados em 2017 e 2016 foram influenciados principalmente, pela presença de amostras desconformes no que se refere à presença de coliformes totais. Esse resultado pode indicar a necessidade de maiores cuidados sanitários na área de captação do poço. A presença dos coliformes totais não se estende pelo aquífero, uma vez que esse parâmetro possui tempo de vida relativamente curto em água.
Vale ressaltar que as águas distribuídas pelo sistema público de abastecimento de água são cloradas e eliminam a presença dos coliformes e outros patógenos, assegurando qualidade apropriada para o consumo humano.
Com relação ao parâmetro Nitrato, a sua presença em 2017 ocorreu em concentrações superiores ao padrão de potabilidade (10 mg N L-1) em 1% do total das amostras e as concentrações superiores ao valor de prevenção (5 mg N L-1) foram de 7% do total das amostras analisadas. Esses percentuais assemelham-se àqueles que historicamente vêm ocorrendo.
Em 2017, a ampliação da Rede Integrada de Avaliação da Qualidade e Quantidade, que passou de 28 para 38 pontos de monitoramento.